Rogério Xavier jogou a toalha. 

O gestor da SPX deixou de lado seu otimismo moderado com as perspectivas para o Brasil sob a gestão Lula, e agora acha que o governo será “totalmente de esquerda”, não de “centro esquerda.” 

10404 0dd553e0 2013 0005 0000 0eb134d6fa4d“É um filme de horror, a cada dia somos surpreendidos com uma notícia pior do que a outra,” Xavier disse a investidores, segundo um relato que circula na Faria Lima. A SPX disse que não confirma o teor do relato pelo fato de a conversa ter se dado em ambiente privado, coberto por disclaimers.

Segundo o relato, Xavier reduziu as posições no Brasil e disse que no momento não há como alocar recursos no País. 

Para ele, o cenário não era ruim para ficar comprado em juros brasileiros, ainda mais em um quadro global recessivo e de inflação ainda alta lá fora. Aqui, lembrou, a inflação vinha em uma trajetória de queda significativa, recuando de um pico de 12% para 5%, “podendo recuar para 4% ou 3,5%”. 

“Mas não tem câmbio nem juros que segura se seguirmos nessa direção,” disse Xavier, segundo o relato. “Argentina e Turquia estão aí para mostrar que variáveis nominais não importam nada.” 

O gestor também teria demonstrado preocupação porque a deterioração no Brasil pode ser mais rápida do que muitos estimam, com consequências graves. 

Ele se mostrou preocupado porque é difícil ver quem, dentro do governo, alertaria Lula de que o País está “caminhando rapidamente para o precipício.”