Talvez um dia, olhando para trás, muita gente possa sentir orgulho — ou pelo menos a sensação do dever cumprido.
O setor privado tem respondido com solidariedade, rapidez e responsabilidade à crise sanitária e social.
Segundo a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, desde o início da crise o setor privado já doou R$ 976 milhões em diversas iniciativas de reforço à saúde pública e alívio social — e é possível que nem tudo tenha sido mapeado.
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O Hospital Universitário da UERJ está pedindo doações para comprar um novo tomógrafo, aparelho essencial no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com coronavírus.
Hoje, o hospital tem apenas dois tomógrafos — e um deles já está muito antigo, quase parando de funcionar — e faz cerca de 30 tomografias de tórax por dia apenas em pacientes com suspeita de covid-19. Com o aumento das infecções, a demanda deve dobrar nos próximos dias.
Cada tomógrafo custa cerca de R$ 2,9 milhões, e o hospital quer arrecadar recursos também para comprar respiradores e aumentar o número de leitos. O sócio de uma gestora do Leblon já doou R$ 100 mil.
No combate ao coronavírus, uma das ajudas mais necessárias é dar munição a quem está na linha de frente.
Conta para depósito:
Banco Bradesco
Ag. 6897 – Conta 11-6
ERJ-UERJ/DAF – conta movimento
CNPJ: 33.540.014/0001-57
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Teve sintomas leves de coronavírus e se recuperou? Você pode ajudar no tratamento de infectados.
O Hospital Albert Einstein está testando a eficácia da utilização dos anticorpos de pessoas curadas para tratar infectados em situação grave. Para isso, está pedindo doações de sangue de pessoas que se encaixam nesse perfil e tenham entre 18 e 50 anos e pesem mais de 55 quilos.
“A transferência passiva de imunidade através de anticorpos de quem já se curou da covid-19 pode se constituir numa forma importante de tratamento e prevenção de casos mais graves”, diz o CEO do Einstein, Sidney Klajner.
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Luxo é ser solidário. A JHSF, dona do Cidade Jardim e dos hotéis Fasano, doou 700 cestas básicas para a comunidade Jardim Panorama, que fica ao lado do shopping, e está contribuindo para a construção de leitos em Paraisópolis.
No interior de São Paulo, a empresa doou mais de 2 mil cestas básicas e diversos monitores cardíacos para a Santa Casa de Porto Feliz, onde fica a Fazenda Boa Vista. A companhia procurou as prefeituras e hospitais para entender o que eles precisavam mais.
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Chaim Zaher, dono do Grupo SEB de educação, está usando seu braço de mídia em Ribeirão Preto para ajudar no combate à pandemia.
Empresas que doarem alimentos para comunidades carentes e entidades assistenciais receberão o mesmo valor em espaço publicitário no Sistema Thathi de Comunicação, a empresa de mídia da família, que controla três rádios e dois canais de TV.
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A Opy Health, uma holding de hospitais particulares investida pelo fundo IG4 Capital, está lançando uma campanha para arrecadar doações para disponibilizar para o Ministério da Saúde e para as secretarias estaduais acesso gratuito à plataforma de telemedicina Teladoc.
Além da troca de informações entre médicos, hospitais e pacientes, a plataforma permite que pacientes possam ser atendidos virtualmente, desafogando os pronto socorros dos hospitais.
A empresa — que detém as concessões do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, de Belo Horizonte, e do Delphina Aziz, em Manaus — também está doando R$ 20 milhões para a compra de até 300 respiradores para a rede do SUS.
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O Burger King Brasil está doando R$ 1 milhão a três hospitais: o Hospital São Paulo, da Unifesp, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio, e o Hospital Geral de Fortaleza. Os recursos serão usados para os tratamentos gratuitos de coronavírus e os hospitais terão que prestar contas do investimento.
A rede do Whopper também doou 10 toneladas de alimentos à ONG Banco de Alimentos, que por sua vez distribui as doações junto a outras 40 ONGs.
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A padaria Benjamin está enviando café da manhã para médicos, enfermeiros e demais trabalhadores de três UTIs de São Paulo: o Hospital do Servidor Público Estadual, o Oswaldo Cruz e o HCor.
A iniciativa começou no dia 23. De lá para cá, foram distribuídos mais de 7 mil sanduíches, croissants e doces, e quase 600 litros de suco.
“É uma maneira de agradecê-los por todo o esforço diário. Esperamos que eles recebam o nosso carinho e possam passar pelas longas jornadas dentro dos hospitais com um pouco mais de leveza”, diz o CEO Paulo Calil.
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Depois de doar 5 milhões de testes rápidos ao Ministério da Saúde, os três maiores bancos privados vão gastar R$ 50 milhões para comprar 15 milhões de máscaras de tecido.
Além de ajudar a conter o vírus, a iniciativa vai gerar renda para as pequenas empreendedoras que vão costurar as máscaras.
As máscaras serão feitas com processos que garantirão o cumprimento dos protocolos de segurança e higienização, e serão doadas às Secretarias Estaduais de Saúde e comunidades vulneráveis.
A iniciativa de Bradesco, Itaú e Santander está sendo feita em parceria com o Instituto BEI.