O UBS BB iniciou a cobertura da SLC Agrícola com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 56, um upside de 27% em relação ao preço de tela — sem contar os dividendos que a empresa deve pagar.
Nas estimativas do banco, a companhia deve ter um dividend yield de 7,8% em 2023.
“Vemos a SLC como uma produtora de grãos e algodão de primeiro tier, com maior produtividade e menor custos do que a média dos produtores no Brasil,” escreveram os analistas Matheus Enfeldt, Luiz Carvalho e Luisa Hiraki.
Eles esperam uma “continuidade de crescimento e lucratividade” da companhia agrícola que ainda não está refletida no preço da ação. Para os analistas, os resultados também podem se favorecer da depreciação do real em relação ao dólar.
O UBS diz que a SLC tem ampliado a sua área de cultivo de maneira constante ao longo das últimas três décadas. Entre as safras de 2009/2010 e 2020/2021, foram adicionados em média 20 mil hectares por ano.
Com a aquisição e arrendamento de novas fazendas, o UBS espera que a SLC amplie sua área de plantio em 31 mil hectares por ano nos próximos anos, uma projeção superior à estimativa do mercado.
O UBS nota que a produtividade da SLC fica acima da média do mercado em 16% na colheita de soja e em 28% no milho, com custos 5% mais baixos na soja e 17% menores no milho.
Além do bom operacional da empresa, o banco acredita que os preços dos grãos devem continuar fortes nas próximas safras, dado que os inventários estão no limite depois de duas safras globais ruins de soja e milho.
“Esperamos uma correção lenta no preço dos grãos, mas que ele continue em bons patamares, e também esperamos uma correção nos custos, com a margem bruta normalizando em comparação aos resultados recordes de 2022.”
O preço-alvo de R$ 56 por ação considera um múltiplo de saída de 6,5x o EBITDA estimado para 2024, já excluindo os custos com o pagamento do arrendamento das terras.