A ação da Ser Educacional sobe mais de 9% hoje depois que o JP Morgan revisou seu modelo para a companhia, adicionando as vagas de medicina aprovadas recentemente pelo Ministério da Educação.

Janguie Diniz

Com a revisão, o banco elevou o preço-alvo da ação de R$ 9 para R$ 12, um upside potencial de 93% em relação ao preço de tela. 

O novo preço-alvo considera na conta apenas as 240 vagas de medicina da Ser que já foram aprovadas pelo Ministério da Educação — mas o banco estima que o número de vagas aprovadas pode ser muito maior. 

“Nossas análises sugerem que a Ser pode ganhar outras 420 vagas, além dessas 240, chegando a 660 novas vagas de medicinas,” escreveram os analistas Marcelo Santos e Jessica Mehler. 

Incluindo na conta essas 420 vagas adicionais, o preço-alvo da companhia de Janguiê Diniz seria de R$ 20,5 por ação, nas contas do JP, o que daria um upside potencial de impressionantes 230%. 

Os analistas disseram que incorporaram no modelo uma deterioração da rentabilidade dos cursos de medicina no longo prazo, dada a maior oferta de vagas, que deve pressionar os tíquetes e as margens. 

O banco reduziu as margens brutas em 1 ponto percentual por ano nos próximos cinco anos, começando em 2026. Para a Ser, isso reduziria as margens de longo prazo em 1,6 p.p.

“As novas vagas de medicina adicionariam R$ 4,5 por ação em valor justo, mas a visão mais conservadora para a rentabilidade retirou R$ 2,5.”

No relatório, o JP Morgan também diz que a segunda companhia melhor posicionada, do ponto de vista de crescimento das vagas de medicina, é a Yduqs, que tem 180 novas vagas potenciais, das quais nenhuma foi aprovada ainda. 

A Anima vem na sequência, com 170 (50 já aprovadas), seguida pela Cogna, com 120 (e 60 já aprovadas).