ONCOCLÍNICAS – O BTG Pactual iniciou a cobertura de Oncoclínicas com recomendação de ‘compra’ e preço-alvo de R$ 17,50, um potencial de alta de 50% em relação ao preço de tela.

O BTG disse que alguns investidores enxergam a Oncoclínicas como um case de investimento controverso, já que há alguns overhangs que pesam na ação — como o peso dos acordos de non-compete que a empresa tem com seus médicos e sua estrutura corporativa complexa, com várias subsidiárias. 

“No entanto, depois de uma análise profunda e de considerar atentamente esses riscos, temos uma forte convicção que esse é um case de investimento único no setor de saúde,” escrevem os analistas Yan Cesquin e Samuel Alves.

Para eles, como um ‘first mover’ em seu nicho de mercado, a Oncoclínicas está posicionada para surfar o crescimento da oncologia, estimado em mais de 15% ao ano. O modelo de negócios da companhia está baseado em sólidos ganhos de escala, no maior time de oncologia do Brasil (equivalente a 15% de todos os oncologistas); e em um crescimento adicional e ganho de rentabilidade com o ‘ramp-up’ de novas parcerias e cancer centers.

O BTG também diz que a Oncoclínicas deve atingir um ponto de inflexão em sua geração de caixa já no segundo trimestre, expandindo seu free cash flow yield para 3,4% em 2024 e 7,2% em 2025, “com uma sólida expansão do EBITDA e dinâmicas saudáveis de capital de giro.”

O BTG vê a Oncoclínicas negociando a 14x seu lucro estimado para o ano que vem, um desconto “significativo” em relação aos peers no setor de saúde. 

XP Inc. – O Santander elevou a XP de ‘neutro’ para ‘compra’ com preço-alvo de US$ 36, mais que o dobro do preço-alvo anterior do banco (US$ 15). 

O papel negocia a US$ 27 na Nasdaq. 

O upgrade do Santander está calcado no início do ciclo de queda dos juros, amplamente esperado pelo mercado para a próxima reunião do Copom. O time de macro do Santander já estima que a Selic possa bater em 7% em 2025.

“Em ciclos de afrouxamento longos assim, companhias de ‘beta’ alto tendem a performar melhor — como a XP, que achamos que é a que deve se beneficiar mais de uma Selic menor,” escreveu o analista Henrique Navarro.

O Santander diz que a história mostra que 80% da performance da ação da XP é correlacionada com a taxa Selic. 

Para se ter uma ideia, quando a Selic estava em torno de 5%, em 2021, a XP chegou a negociar a 30x lucro. Hoje, o papel negocia ao redor de 15x.

Intelbrás – Depois de dar um downgrade na Intelbrás na quinta-feira passada — rebaixando a empresa para ‘neutro’ com base no resultado do segundo trimestre — o Itaú resolveu detalhar os principais argumentos dos ‘bulls’ e ‘bears’ na ação.

Enquanto os comprados acreditam que a ação já está precificando a queda na demanda do mercado de energia solar, os vendidos acham que o segmento deve sofrer ainda mais.

Os comprados argumentam também que a empresa deve entregar melhoras de eficiência que devem sustentar a margem bruta. Além disso, a desaceleração do segmento solar tem pouco impacto no bottom line, na visão desses investidores.

Já os vendidos dizem que enquanto o segmento de energia solar não melhorar, a ação não terá momentum, já que a vertical é essencial para o crescimento de longo prazo da companhia. 

Esses investidores acham ainda que as margens do segmento de segurança estão longe dos níveis históricos e que o câmbio deve ser um vento contra, impactando as margens.