A SmartFit e a Selfit — duas das maiores redes de academia do País — estão disputando a Bluefit, a segunda maior rede de academias low cost do mercado.
A rede deve fechar este ano com 80 lojas (cerca de 30% das quais são franquias) e, com o ramp up das lojas abertas este ano, deve chegar a uma geração de caixa de R$ 40 milhões em 2020.
Fundada por Fernando Nero em 2015, a Bluefit tem um modelo de negócios que oferece um pouco mais de serviço e um price point 5% a 10% acima da SmartFit. Seu tíquete médio gira em torno de R$ 100 por mês, entre mensalidade e taxas.
A disputa — que segundo uma fonte envolve ainda outros três interessados — coloca em campos opostos as duas empresas que teriam mais sinergias com a Bluefit, cujas lojas são mais concentradas em São Paulo e no Sul do País.
O maior investidor da Bluefit é a Leste, a gestora do ex-sócio do BTG Emmanuel Herrmann. A Leste investiu na Bluefit quando a rede tinha apenas quatro lojas. Instalou um CFO e um diretor de expansão e ajudou a companhia a obter linhas de crédito, melhores fornecedores e garantir bons pontos.
Por entender que escala é essencial (e que o negócio é capital intensivo), o fundador e a Leste estão conduzindo um processo que deve culminar com uma fusão com algum outro player.
A Selfit tem o melhor… “fit” geográfico, pois está em todos os estados do Nordeste e Centro-Oeste e tem alguma presença no Norte do País — mas nada em São Paulo. Com a aquisição, a Selfit, que tem cerca de 70 lojas, dobraria de tamanho.
Mas o gorila na disputa é a SmartFit, que, com 698 academias no final de junho, já atravessou as fronteiras do Brasil e é a quinta maior rede do mundo em número de alunos. A companhia tem operações próprias no México, Colômbia, Chile, Peru e Argentina, e operações franqueadas na República Dominicana, Equador, Guatemala e Panamá.
Além disso, tem mais munição: uma geração de caixa de mais de R$ 500 milhões/ano e investidores como o Pátria e o GIC, que injetou R$ 100 milhões na empresa em maio de 2018.