Um bloco de quase R$ 1 bilhão de ações da Vivo acaba de ser negociado na B3, com a operação saindo a um desconto de 1,6% em relação ao fechamento de sexta-feira.
As ações vendidas eram detidas por investidores pessoa física que receberam essas ações há décadas e cuja identidade a Vivo não conseguiu determinar.
O objetivo com a venda era limpar a base de acionistas e fomentar a liquidez do papel. “Alguns desses investidores sequer tem noção que tem essas ações, outros podem até já ter morrido e as ações estão no inventário,” disse uma fonte a par do assunto.
Os recursos da venda ficarão numa ‘escrow account’ sob custódia da Vivo, e os proprietários das ações terão até cinco anos para se manifestar, pedindo a transferência dos recursos.
O block trade — de 35,6 milhões de ações, ou 7 dias de negociação — foi coordenado pelo Itaú BBA, que deu garantia firme na operação.
O leilão começou com 5% de desconto em relação ao fechamento de sexta-feira, mas com a forte demanda fechou com um desconto de 1,6%. Depois do bloco, já foram negociadas 1,9 milhão de ações a um preço médio de R$ 27,62.
A venda foi feita principalmente para gestoras locais, com perfil mais de longo prazo, incluindo investidores que já estavam na base acionária da companhia. Houve também algum interesse menor de investidores estrangeiros.
O bloco é pequeno para o tamanho da Vivo: representa 1,10% do market cap da companhia, que vale mais de R$ 90 bilhões na B3.
A BR Partners assessorou a Vivo.