A Shell e a norueguesa Equinor anunciaram um plano para unir seus ativos de petróleo e gás offshore no Reino Unido, criando uma joint venture que deverá ser a maior produtora do Mar do Norte, com produção de 140 mil barris diários de óleo equivalente.

A JV terá sede em Aberdeen, na Escócia, e deve ser concluída até o fim de 2025. De acordo com as companhias, não existe a intenção de fazer um IPO.

“O petróleo e o gás produzido internamente deverão ter um papel significativo no futuro do sistema de energia britânico,” disse a diretora de upstream da Shell, Zoë Yujnovich.

Um dos objetivos das companhias é unir forças para reduzir riscos, alavancar investimentos e prolongar o ciclo de vida de bacias maduras.

A diretora da Shell disse que as empresas poderão “produzir por mais tempo e postergar o declínio previsto.” Cada uma terá participação de 50% na JV.

A Equinor possui participações nos campos de Mariner, Rosebank e Buzzard, enquanto a Shell tem participação nos campos de Shearwater, Penguins, Gannet, Nelson, Pierce, Jackdaw, Victory, Clair e Schiehallion. A combinação dos ativos inclui licenças de exploração.

Ativos de armazenagem, transporte e produção eólica ficarão de fora do acordo.

A RBC Capital Markets estima que a JV trará “sinergias tributárias” em um cenário de perspectiva de aumento de impostos sobre o setor.

A Shell produz no Mar do Norte desde 1968, iniciando suas operações no campo de Leman. Três anos depois, descobriu o campo de Brent, hoje uma das referências no mercado internacional.

Os campos britânicos tiveram um pico de produção de 4,4 milhões de barris diários no início dos anos 2000, mas hoje se encontram em declínio. O total hoje oscila ao redor de 1,3 milhão de barris equivalente ao dia.

A produção atual da Equinor na região é de 38.000 barris/dia, e a da Shell, de 100 mil barris/dia.