O The Wall Street Journal bem que tentou, mas não conseguiu achar um economista sério que apoie Donald Trump na corrida para a Casa Branca.
O Journal procurou todos os economistas que serviram no prestigioso Council of Economic Advisers (CEA) sob os últimos oito presidentes americanos, chegando até Nixon. O CEA aconselha o Presidente e é o ápice da carreira para os economistas focados em políticas públicas.
Como a amostra incluía gente que assessorou cinco presidentes Republicanos — Gerald Ford, Reagan e os dois Bushes (além do próprio Nixon) — era de se esperar que alguém ali tivesse simpatia por Trump.
O resultado, segundo o jornal: “Dos 17 economistas apontados por republicanos, nenhum disse apoiar Trump. Seis disseram explicitamente que não o apoiam, e 11 declinaram dar uma resposta.” (Vergonha?) Outros seis não retornaram as ligações do jornal.
Entre os 20 Democratas que responderam ao Journal, 13 disseram apoiar Hillary Clinton, nenhum disse se opor a ela, e sete declinaram responder.
E quando o Journal citou as opiniões dos economistas, a coisa ficou ainda pior para ’the Donald’.
“Eu conheci pessoalmente cada presidente Republicano desde Richard Nixon,” disse Martin Feldstein, professor em Harvard que presidiu o CEA de Reagan. “Todos eles tinham uma compreensão real da economia e de assuntos internacionais… Donald Trump não tem essa compreensão e não parece estar preocupado com isso. Isso por si só o desqualifica na minha opinião.”
Ainda em Harvard, Gregory Mankiw, que presidiu o conselho de Bush filho e é citado como possível futuro chairman do Fed, recentemente postou em seu blog: “Eu tenho amigos Republicanos que pensam que as coisas não poderiam ser piores do que dobrar a aposta nas políticas de Obama com Hillary Clinton. E, como eles, não sou fã da agenda esquerdista de grandes impostos e governo grande. Mas eles estão errados: as coisas podem ficar pior, e eu temo que ficarão se Trump for eleito.”
De lanterna na mão, o Journal então bateu às portas do MIT, onde o decano emérito da Sloan School of Management, Richard Schmalensee, (que serviu no conselho de Bush pai), disse que Trump “teria que mudar muitas de suas posições e o seu caráter.” Ouch!
Mais: Schmalensee declarou voto em Hillary, assim como Matthew Slaughter, reitor da Tuck School of Business, em Dartmouth, e membro do conselho de Bush filho.
Como o Journal não pode ser acusado de liberal, Donald Trump talvez seja um gênio mal compreendido.