A Porto Seguro acaba de comprar uma participação de 13,5% na Petlove, numa transação que permitirá às duas empresas explorar conjuntamente o mercado de seguros para cães e gatos — um nicho incipiente mas promissor (só um ‘pai de pet’ sabe o custo de internar o bichinho no hospital).
A transação não envolveu dinheiro.
A Porto Seguro aportou na Petlove sua operação de seguros para pets, a ‘Health for Pet’, que depois da transação será rebatizada ‘Porto.Pet’.
A Petlove poderá usar a marca Porto Seguro na venda e ter acesso às relações comerciais e aos canais de venda da seguradora.
A Porto Seguro também tem mais de 3 milhões de clientes que são donos de pet e compram outros seguros da companhia — e agora serão alvos do cross-selling.
O mercado de seguros para pets ainda não mostrou os dentes no Brasil. A penetração é de apenas 0,13%, mas a expectativa da Petlove é que esse número cresça para 1% em 2025.
A Porto Seguro é o maior player com apenas 41 mil vidas (caninas e felinas) concentradas em São Paulo e no Rio, o que lhe dá um market share de 45%. O restante está pulverizado entre players pequenos como Dr. Pet e Amigão, que não passam de 4 mil vidas cada.
Após a transação, a Tarpon e o Softbank continuam como os maiores acionistas da Petlove, com cerca de 30% cada.
O negócio com a Porto Seguro vem num momento em que a Petlove está finalizando uma rodada de US$ 100-150 milhões a um valuation de R$ 3,5 bi.
A transação fecha o ecossistema da companhia, que em outubro fez uma fusão com a DogHero ampliando sua oferta de serviços com a entrada em hospedagem, passeadores, creche, pet sitter e veterinário a domicílio.
A Petlove também tem uma oferta para médicos veterinários, que inclui um ERP para clínicas, um negócio de venda comissionada e a educação continuada com a Vetsmart.
A companhia espera faturar R$ 900 milhões este ano, quase o dobro do ano passado. Em 2019, a receita foi de R$ 305 milhões.