“Você pode comprar uma empresa ruim por um preço bom e ganhar dinheiro. Mas não pode comprar uma empresa boa por um preço ruim e ganhar dinheiro.”
Para Ray Dalio, as principais companhias de tecnologia negociadas na Bolsa americana estão no cenário 2.
Ainda que sejam ótimos negócios e devam ter “um futuro fantástico”, as Magnificent Seven ficaram caras, na sua visão.
“Já vimos isso antes,” disse ele numa entrevista ao podcast Opening Bid, feita durante o fórum de Davos.
Dalio comparou o momento atual da Bolsa americana ao período da bolha da internet. Assim como aconteceu em 1998, o mercado passou a ser uma função do preço das ações de tecnologia, disse.
Com um agravante: os juros podem voltar a subir nos Estados Unidos, o que teria um grande impacto nas ações de tecnologia.
A entrevista foi ao ar na sexta-feira, antes da forte queda desses papeis no pregão de hoje graças ao temor de uma maior competição vinda de empresas chinesas de IA, como a DeepSeek.
A dúvida de Dalio e de outros investidores sobre o valuation do setor de tecnologia tem deixado o mercado mais volátil. Para o fundador da Bridgewater, a saída para o investidor é diversificar – e não apostar tudo numa ação ou tendência.
Uma estratégia bem feita, com ativos descorrelacionados e riscos balanceados, reduz o risco das carteiras e pode fazer grande diferença no desempenho.
“O mercado é um jogo de risco e retorno”, afirmou. “Quem perde 50% precisa ganhar 100% para voltar para onde estava.”
Dalio disse ainda que gerar alfa “é mais difícil do que ganhar as Olimpíadas” e o investidor deve ser humilde para conseguir ganhar dinheiro.
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