A Panvel acaba de anunciar que vai converter todas as suas ações PN em ON e migrar para o Novo Mercado, o segmento de mais alta governança da B3.
O anúncio é uma vitória para os acionistas minoritários.
Durante seu re-IPO, no ano passado, a Panvel havia prometido que converteria as ações PN em ON. Mas alguns meses depois, propôs converter as preferenciais numa razão de 0,8 ON para cada 1 PN, o que geraria uma diluição aos preferencialistas.
Naturalmente, a diluição desagradou os minoritários — que tinham na gestora Esh Capital seu crítico mais vocal. Eles reclamaram na CVM e acabaram barrando a proposta.
Agora, a Panvel está propondo a conversão de 1 para 1. A única exceção é a Kinea, que faz parte do acordo de acionistas com as famílias controladoras Mottin, Weber e Pizzato e terá que converter na razão de 0,8 para 1. (A proporção havia sido acordada quando a gestora de private equity comprou a participação da IP na Panvel há dois anos).
Como as PNs representam menos de 10% do capital total da empresa, o impacto na liquidez será marginal. O maior benefício será o fortalecimento da governança.