A Vinci Partners acaba de anunciar a aquisição da MAV Capital — uma transação pequena, mas que aumenta a presença da gestora no agronegócio.

A MAV Capital tem R$ 550 milhões em recursos, em comparação aos US$ 51 bilhões (R$ 265 bilhões no câmbio de hoje) da Vinci Partners.

A Vinci disse que a MAV é focada em fundos de crédito privado e liderada por um time com ampla experiência no setor. O fundador da MAV é André Ito, que antes de criar a gestora em 2021 trabalhou no investment banking da XP e do BTG, e nos bancos Pan, Pine e BBM.

A Aguassanta, o family office de Rubens Ometto, tinha 30% da gestora, que também foram vendidos à Vinci.

Com a transação, a Vinci quer aumentar sua penetração num segmento “substancialmente mal servido pela indústria de investimentos.”

“O acesso ao crédito é um desafio significativo para os produtores, levando-os a buscar alternativas no mercado de capitais e no crédito privado, o que se traduz numa oportunidade de mercado relevante para a Vinci,” disse a gestora. 

A Vinci não abriu o valor da aquisição, mas disse que a transação será paga em cash, com um montante adicional pago até 2028 dependendo do atingimento de metas de receita. 

A gestora disse ainda que a transação não deve ter um impacto significativo em seus resultados de curto prazo.

A Vinci já tinha cerca de R$ 375 milhões no agro, por meio do VICA11, um Fiagro listado. 

Esta é a quarta transação da Vinci desde seu IPO em janeiro de 2021. Primeiro a gestora adquiriu a SPS Capital, em meados de 2022, para criar uma área de special situations. Em seguida, fez uma captação de dívida conversível de US$ 100 milhões com a Ares Management.

Mais recentemente, fez uma fusão com a Compass, uma gestora chilena com US$ 14 bi de AUM e investimentos globais.

A Seneca Evercore assessorou a Vinci, que trabalhou com o Lefosse Advogados.

A MAV não teve assessor financeiro. O assessor legal foi o Themudo Lessa Advogados.