Quando a Walt Disney Company comprou a 21st Century Fox no início do ano, James Murdoch — o herdeiro mais novo de Rupert e ex-CEO da gigante de mídia — embolsou mais de US$ 2 bilhões com o deal.
Murdoch criou seu próprio fundo de venture capital, a Lupa System, que já investiu numa editora de histórias em quadrinhos e numa empresa norueguesa de drones.
Na semana passada, ele fez uma nova aposta: investiu US$ 20 milhões na The Void, uma startup de realidade virtual que cria espaços de entretenimento usando a tecnologia.
A Bloomberg foi a primeira a noticiar o investimento, do qual também participaram a Fidelity Management, a Qualcomm Ventures e a própria Disney.
Fundada em 2015 por Curtis Hickman, um especialista em efeitos visuais, e pelo empresário Ken Bretschneider, a The Void está baseada em Lindon, Utah, e já tem onze instalações espalhadas pelos Estados Unidos e em Londres, Dubai e Toronto.
Nas atrações, localizadas em shopping centers, museus, cinemas e em alguns parques da Disney, os usuários usam óculos de VR, mochilas e até armas de brinquedo para imergir num mundo de realidade virtual “onde eles podem sentir, ver e explorar os ambientes”, como descreve a empresa, que vem chamando sua tecnologia de ‘hiper-realidade’.
As histórias vão desde clássicos como o Star Wars e o Ghostbusters até a animação infantil Wifi Ralph. A empresa está desenvolvendo também narrativas próprias e acaba de lançar a Nicodemus, um jogo interativo de terror.
O investimento na The Void foi o maior feito até agora pelo recém-criado fundo de VC de Murdoch, mas ele já está de olho num outro negócio bem mais relevante.
Segundo a Bloomberg, Murdoch está negociando — junto com a Comcast — um aporte minoritário na Zee Entertainment, uma gigante de mídia indiana com um valor de mercado perto de US$ 5 bilhões.
