Elon Musk divulgou semana passada a lista dos 18 nomes que estão co-investindo com ele para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões.
Entre pesos-pesados como a Sequoia e a Andreessen Horowitz, consta uma gestora menos conhecida do mercado: a Aliya Capital Management.
A Aliya foi cofundada pelo brasileiro Emmanuel Hermann, o ex-sócio do BTG que fundou a Leste Capital, a gestora de ativos alternativos com escritórios em São Paulo, Rio, Londres e Miami.
A Aliya surgiu quando Ross Kestin — um americano com mais de 15 anos de experiência em wealth management e que já vinha fazendo club deals em venture capital — se associou aos executivos da Leste. A gestora de VC investe em empresas de ‘late stage’ com foco em deals pré-IPO.
Desde que foi fundada há dois anos, a Aliya já fez 40 club deals, investindo em companhias como a gigante de pagamentos Stripe, e a Kodiak, uma fabricante de caminhões autônomos. A Aliya investiu cerca de US$ 30 milhões em cada, entrando em rodadas primárias e secundárias.
Mas foi graças a outro de seus investimentos – a SpaceX – que a Aliya conseguiu entrar no grupo de co-investidores de Musk, pessoas a par do assunto disseram ao Brazil Journal. A gestora é um dos maiores investidores da empresa de exploração espacial, com cerca de 1,3% do capital.
A Aliya está entrando com o sétimo maior cheque entre os co-investidores: US$ 360 milhões, captados com family offices e investidores institucionais do Brasil e dos Estados Unidos.
No total, o grupo de 18 investidores se comprometeu a colocar cerca de US$ 7,1 bilhões, perto de um quarto do total da oferta de Musk.
O maior cheque veio do cofundador da Oracle, Larry Ellison, que colocou US$ 1 bilhão e também já é investidor da Tesla. A Sequoia colocou outros US$ 800 milhões; a VyCapital, US$ 700 milhões; a Binance, US$ 500 milhões; a Andreessen Horowitz, mais US$ 400 milhões; e a Quatar Holdings, US$ 375 milhões.
O grupo ainda inclui grandes gestoras como Brookfield e Fidelity.
Depois de fazer o turnaround do Twitter, o plano de Musk é levar a empresa novamente para a Bolsa, num prazo de cerca de 3 anos — o que fez o investimento se enquadrar dentro da tese de pré-IPOs da Aliya.