As restrições de vendas para a China de seus disputados processadores não detiveram a Nvidia, que acaba de reportar mais um trimestre exuberante nas vendas – um indicador de que não há ainda desaceleração no investimento em inteligência artificial.
A empresa liderada pelo CEO Jensen Huang faturou US$ 44 bilhões no primeiro tri – 69% a mais que no ano passado e ligeiramente acima da expectativa dos analistas.
“A demanda global pela infraestrutura de IA da Nvidia continua incrivelmente forte,” disse Huang.
O resultado, mais uma vez, foi puxado pelas vendas de US$ 39 bilhões na sua divisão de data centers – onde entram as vendas dos chips de IA. O número ficou um pouco abaixo do esperado, mas ainda assim representou uma alta de 73% sobre o mesmo período do ano passado.
O lucro por ação bateu as estimativas: US$ 0,96 no trimestre – contra US$ 0,63 no mesmo tri do ano passado.
A ação da empresa chegou a disparar 6% no after market e sustentou uma alta de 4% após o call de Huang com os analistas.
O guidance para o atual trimestre é atingir US$ 45 bilhões de faturamento – mas adicionou que o guidance seria de US$ 53 bilhões não fossem as perdas com o embargo americano às exportações do chip H20 para a China e alguns outros países, como foi determinado recentemente pelo Governo Trump.
No primeiro tri, o writedown relacionado às restrições ficou em US$ 4,5 bi, ante uma estimativa preliminar feita pela empresa de US$ 5,5 bi.
Segundo a Nvidia, sua margem bruta no trimestre teria sido de 71,3% em vez de 61%, caso não tivesse registrado as perdas relativas às proibições.
A Nvidia domina 90% do mercado de chips de inteligência artificial. A empresa deverá faturar cerca de US$ 200 bilhões neste ano – 7x os US$ 27 bi de dois anos atrás, quando teve início o boom da IA.