Com o Nasdaq em correção há duas semanas e críticas de investidores sobre baixa geração de caixa da companhia, Carlyle, Vinci Partners e Neuberger Berman tiveram que reduzir substancialmente sua ambição de preço no IPO da Uniasselvi, rebatizada de ‘Vitru Limited’ para sua estreia na Nasdaq.
Os três fundos são donos respectivamente de 37,5%, 37,5% e 25% da companhia de educação à distância.
O sindicato liderado pela Goldman Sachs teve que reduzir a faixa de US$ 22-24 para US$ 16-18, e em seguida precificar no piso da nova faixa.
Mas só isso não resolvia o problema. A empresa também foi forçada a reduzir a oferta de 11,23 milhões de ações para 6 milhões — impedindo que os fundos de private equity tivessem a saída parcial desejada.
O pricing, na quinta-feira passada, deu à companhia um valor de mercado de US$ 369 milhões, mas na sexta-feira, o primeiro dia de negociação, o papel operou em baixa o dia inteiro, chegando a ser negociado a um low de US$ 13,68 cerca de 15 minutos antes do fechamento, quando a ação estabilizadora dos bancos puxou o papel de volta aos US$ 16.
Neste preço, a companhia negocia a 12x EV/EBITDA para 2021, nas contas de um analista que modelou o negócio.
A ideia dos coordenadores era comparar a Uniasselvi com empresas de conteúdo educacional online como a Chegg e a LTG, e até com as brasileiras Afya e Vasta.
A Uniasselvi — perdão, Vitru — lucrou R$ 52,4 milhões sobre uma receita de R$ 256,7 milhões nos primeiros seis meses deste ano, comparado a um prejuízo de R$ 25 milhões sobre um faturamento de R$ 234,5 milhões no mesmo período de um ano atrás.
Além da Goldman, os coordenadores incluíam Bank of America, Itaú BBA e Morgan Stanley.