A Trivago, plataforma de comparação de preço de hotéis que pertence à Expedia, levantou bem menos do que desejava no seu IPO, precificado ontem à noite.
 
Segundo a Reuters, citando fontes próximas à transação, o IPO saiu a US$11 por ação, comparado com a faixa original de US$13 a US$15 que a companhia havia proposto.
 
Além disso, a Trivago só conseguiu colocar no mercado 26,1 milhões de ações, abaixo das 28,5 milhões que pretendia vender.  Quando todas as ordens de compra foram preenchidas, o IPO levantou apenas US$287 milhões, comparado a uma estimativa inicial de até US$400 milhões.
 
Grande parte do problema é a dependência da Trivago de um pequeno número de clientes: juntas, a Expedia (controladora da Trivago e dona de sites como Orbitz, Travelocity e Hotwire) e a Priceline (dona do Booking.com) respondem por 78% da receita da empresa.
 
A ação abre para negociação na Nasdaq nesta sexta sob o símbolo TRVG.
 
O relativo fracasso do IPO deve pesar nas ações da Expedia. Concorrente da Trivago, o TripAdvisor também está com sua ação perto da cotação mais baixa dos últimos 12 meses.
 
 
O próximo IPO da indústria de viagens deve ser o Decolar.com, que pode sair do chão no segundo semestre de 2017.
O Tiger Global Management controla a empresa com 60% do capital. Outros acionistas incluem a Expedia (com menos de 20%), General Atlantic, Sequoia Capital, Insight Venture Partners e Accel Partners Management. 
Segundo a Reuters, que noticiou em primeira mão os planos para a oferta, o Decolar.com teve US$3,5 bilhões em reservas brutas no ano passado, 40% delas geradas no Brasil. Esse volume é cerca de 10 vezes maior que a receita da CVC, a maior operadora de turismo do Brasil.