A Anheuser-Busch InBev (ABI) pode contar com um aliado importante em sua oferta pela SABMiller.
O segundo maior acionista da SAB, a bilionária família colombiana Santo Domingo, é investidora em pelo menos um dos fundos da 3G Capital, cujos sócios são os mesmos bilionários brasileiros que controlam a ABI.
O mais provável é que o relacionamento prévio tenha facilitado as conversas entre os dois lados antes do anúncio de hoje.
Os Santo Domingo se tornaram donos de 14% da SABMiller há dez anos, quando venderam a Bavaria — dona de 98% do mercado de cerveja na Colômbia — para a SABMiller, recebendo em pagamento ações da SAB. A Bavaria é dona das cinco maiores marcas de cerveja da Colômbia, incluindo a Águila, Póker e Pony Malta (esta, sem álcool).
Na época, a participação que os Santo Domingo ganharam na SAB valia 3,5 bilhões de dólares. Depois da alta de 20% nas ações da SAB hoje, já vale 12,6 bilhões de dólares.
Quando venderam a Bavaria, os Santo Domingo aceitaram receber o pagamento em ações porque queriam continuar no negócio de cerveja e gostavam da visão estratégica da SABMiller, na época comandada pelo lendário CEO Graham Mackay.
O mais provável é que, dado o valor gerado para os acionistas da ABI pelos bilionários brasileiros, os Santo Domingo continuem acionistas da empresa monstruosa resultante da fusão.
Aliás, a piada hoje no Twitter era como a nova empresa será chamada: SABABI? ABISAB?