
“A ABI continua a perder participação de mercado nos EUA, agravada pela marcha das cervejas artesanais e a fraqueza inegável da Bud Light, que perdeu um ponto percentual [de share] ao longo dos cinco últimos anos. Estamos esperando uma reversão na tendência de declínio de volume há algum tempo mas, como parece que isso não vai acontecer, reduzimos nossa perspectiva de médio prazo.
“Nunca vimos o Brasil tão incerto, e acreditamos que os investidores devem ser cada vez mais céticos com relação às dificuldades enfrentadas pelo negócio no Brasil para além do macro. Mecanicamente, a estratégia atual de garrafas retornáveis continuará a impactar os preços negativamente e as margens continuarão sob pressão no médio prazo devido ao hedge cambial.
“Mas o mais preocupante é a evidência de que as principais marcas da empresa estão mostrando o desgaste da idade e possivelmente negligência; a tendência negativa na participação de mercado em face a uma concorrência fraca é indicativa de algo mais preocupante, em nossa opinião. Não temos certeza se o desafio está nas marcas, na estratégia de preços, na estratégia de embalagens, na estratégia de canal ou num banco de talentos cada vez menor.”
E, como se isso tudo não bastasse… “o resultado da eleição nos EUA agora pesa sobre o México (9% do EBIT), com a queda do peso e o aumento da incerteza.”