Daniel Darahem, o CEO da operação brasileira do JP Morgan, morreu hoje depois de lutar contra um câncer na garganta.

Daniel tratou o câncer há mais de dois anos e havia melhorado, mas meses atrás descobriu uma metástase na região do pescoço. 

Ele tinha 51 anos.

Daniel começou no antigo Banco Patrimônio – mais tarde comprado pelo Chase – como analista de M&A em 1997 e subiu na carreira cobrindo as indústrias de tecnologia, mídia e telecom como banker.

No final de 2005, tornou-se head do ECM para a América Latina e, em 2008, co-head de investment banking para o Brasil. Mais tarde trabalhou em Hong Kong por pouco mais de quatro anos, sendo o head de ECM para Asia Pacific, antes de retornar ao Brasil em outubro de 2020, para suceder José Berenguer, que saiu para a XP.

“Perdi um grande amigo e um grande profissional. Um grande companheiro,” Berenguer disse ao Brazil Journal.

Daniel era uma pessoa reservada, cujos amigos mais próximos eram os próprios colegas do banco onde ele passou a vida inteira. 

Era erudito e reflexivo. Num recente grupo de estudos sobre o Oriente Médio na casa de amigos, mostrava quase o mesmo nível de entendimento do assunto do que o líder do grupo, um especialista em assuntos internacionais. 

“Com o Daniel não tinha chute, o que ele falava era sempre muito profundo, tinha sempre muito conhecimento técnico,” disse Berenguer.

Daniel deixa a mulher e dois filhos – e muitos amigos na Faria Lima refletindo sobre a brevidade e aleatoriedade da vida.