Uma nova tecnologia que acaba de chegar ao Brasil está transformando a maneira como se faz o acompanhamento de alguns tipos de cânceres. 

Trazido ao país com exclusividade pela Dasa e disponível em unidades do Alta Excelência Diagnóstica, o Signatera detecta recidiva de tumores sólidos a partir de simples amostras de sangue até dois anos antes de os primeiros sinais aparecerem nos exames de imagem.  

Na prática, o Signatera procura sinais de DNA circulante dos tumores no sangue que, se não tratados corretamente, podem causar o retorno da doença. 

Funciona assim: numa primeira etapa, a partir da biópsia dos tumores, identifica-se uma sequência de 16 mutações chamadas ‘clonais’, que potencialmente estariam presentes em quaisquer futuras células cancerígenas.  

“Isso dá uma identidade para esse tumor, que é só dessa pessoa”, diz Cristovam Scapulatempo, responsável pelas inovações em anatomia patológica do Alta. “Constrói-se uma biblioteca dessas mutações e é possível acompanhar como está sendo o resultado do tratamento”. 

Eficaz para alguns tipos de câncer de mama, colorretal, de pulmão e bexiga, o exame é extremamente sensível. Se houver apenas uma única molécula de DNA tumoral em um tubo de 10 ml de sangue, o Signatera é capaz de encontrá-la mais de 90% das vezes; quando há duas moléculas, a precisão é superior a 99%. 

Na fronteira da medicina diagnóstica, o Signatera é apenas um dos exemplos de como a genômica está revolucionando o tratamento e o diagnóstico do câncer.

Na trilha dos ‘Bracas’ e de outros genes

Os testes que procuram mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, os chamados ‘Bracas’ no jargão médico,  já viraram protocolo para a prevenção de câncer de mama e ovário — e inclusive já constam entre os procedimentos que devem ser cobertos pelos planos de saúde, no caso de mulheres que têm pelo menos um familiar de primeiro grau ou mais de dois familiares que foram acometidos por uma das doenças. 

De 5% a 10% dos cânceres de ovário são hereditários. E, em caso positivo para mutações, é possível fazer um acompanhamento mais detalhado para identificar a doença ainda em estágios iniciais. 

Além dos ‘Bracas’, há diversos outros genes ou combinação de genes que podem indicar uma predisposição genética ao câncer e, de acordo com o histórico familiar, é possível avaliá-las por meio de um painel genético. 

“Hoje em dia, o custo do painel diminuiu e está mais próximo do sequenciamento do BRCA 1 e 2, o que nos permite fazer diagnósticos mais precoces,” diz o Dr. Cristovam. 

O Alta oferece um painel genético que avalia 57 genes relacionados a alguns tipos de cânceres e para os quais há possibilidade de conduta — o único no Brasil a ter um padrão de qualidade tipo A pela ANS, que garante que não há falsos negativos.

A genômica ajuda ainda a entender qual o melhor curso de tratamento.

O Endopredict, uma exclusividade da Dasa disponível nos laboratórios Alta, avalia o risco de metástase para cânceres de mama num período de até 10 anos. No caso de baixo risco, a mulher não tem benefício em fazer a quimioterapia e o tratamento pode ser seguido apenas com terapia hormonal.

“Quase 60% das mulheres faz quimioterapia desnecessariamente – 1% das mulheres morrem durante a quimio”, diz o Dr. Cristovam. “Fora o desconforto do tratamento, de ter de ficar sem trabalhar, longe da família, dos filhos, dos amigos”, completa.

“Em breve, o Alta trará para o Brasil outras tecnologias como o Prolaris, um teste semelhante ao Endopredict e que funciona para os cânceres de próstata, o tumor mais comum entre homens com mais de 50 anos”, finaliza Claudia Cohn, diretora executiva do Alta. 

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