O ator Mateus Solano foi alçado à fama em 2009 de forma repentina e intensa.
Então um quase anônimo, ele saltou ao estrelato com dois papéis de impacto: o de Ronaldo Bôscoli na minissérie Maysa – Onde Mora o Coração e, logo em seguida, como protagonista (em dose dupla) como os gêmeos de Viver a Vida, de Manoel Carlos.
A ascensão meteórica teve um custo. “Foram cinco anos bem difíceis. Eu cheguei a ter um princípio de crise de pânico. Ser reconhecido na rua e ser demandado para tirar fotos o tempo todo não fazia parte dos meus objetivos.”
De origem judaico-portuguesa e criado em uma família de artistas — o irmão, Gabriel Schenker, é bailarino, e as primas Juliana e Gabriela Carneiro da Cunha são atrizes —, Solano descobriu o teatro ainda adolescente. “Eu era muito apaixonado. Cheguei a ir a quatro peças por semana. Essa paixão foi plantando coisas nesse lugar do imponderável.”
Sua primeira oportunidade foi na publicidade: foi O Ligador da Oi, um personagem “zé-ninguém” que virava protagonista ao colocar o chip da operadora, que fechou as portas em 2022. “Era um figurante”, brinca. Meses depois, a profecia se cumpriu: Solano virou a nova aposta da Globo.
Com humor e entrega nos bastidores, Solano fez personagens marcantes — de Zé Bonitinho, na nova Escolinha do Professor Raimundo, ao controverso vilão Félix Khoury, de Amor à Vida.
Hoje, num cenário em que a TV aberta divide espaço com o streaming, Solano volta ao teatro com o monólogo O Figurante. A montagem lhe rendeu elogios e polêmica, após viralizar ao tirar o celular da mão de um espectador que filmava a peça. “O teatro é o lugar em que, por favor, desliguem seus celulares. Viver o momento hoje é uma coisa rara — e o teatro convida a isso.”
Neste episódio de The Business Of Life, Mateus Solano lembra da virtude da paciência e que é preciso “entender o tempo do plantio e o tempo da colheita — e ter fé.”











