O Santander Brasil está mantendo uma recomendação ‘neutra’ para a ação do Mater Dei mas aumentando seu preço-alvo de R$ 8,50 para R$ 11,30 — um upside potencial de cerca de 12% em relação ao preço de tela.
O banco incorporou em seu modelo os resultados do primeiro tri e o impacto das novas projeções de Selic e inflação sobre a empresa.
Além disso, o Santander disse que o ‘ramp up’ do Mater Dei Salvador está mais rápido que o esperado, e que a performance da operação em Betim também está melhorando.
Por conta disso, o analista Caio Moscardini aumentou suas estimativas para a receita de curto e longo prazo da rede de hospitais.
“A companhia foi capaz de credenciar mais de 400.000 pacientes de planos de saúde para potencialmente usar o hospital de Salvador, o que é acima da nossa expectativa inicial,” escreveu o analista. “O Mater Dei também lançou recentemente seu centro médico, que pode ter um papel chave na geração de tráfego para o hospital.”
Segundo ele, o ‘ramp up’ do hospital de Salvador era uma das principais preocupações do Santander quando começou a cobrir a ação em junho do ano passado.
Com as novas premissas, o Santander também elevou a projeção do EBITDA para 2023, 2024 e 2025 em respectivamente 3%, 10% e 8%.
Do lado negativo, o analista nota que as estimativas ainda não incluem o potencial aumento nos salários dos enfermeiros, aprovado pelo Congresso recentemente, porque as empresas “ainda podem negociar com os sindicatos, potencialmente levando a uma redução no impacto de custos.”
“No entanto, quando incluímos os custos maiores com enfermeiros no nosso cenário, nossas estimativas para o EBITDA e lucro caem em 10% e 18%, respectivamente, em 2024,” diz o relatório.
Nas contas do Santander, o Mater Dei negocia a 7x EV/EBITDA e 13x o lucro estimado para o ano que vem. O preço-alvo do banco implica múltiplos de 8x EBITDA e 14x lucro.
A ação do Mater Dei ficou de lado hoje, com a empresa valendo perto de R$ 4 bilhões na Bolsa. O papel sobe 27% nos últimos 12 meses, contra uma alta de apenas 8% na Rede D’Or.