Eduardo Centola, o veterano banqueiro da Goldman Sachs e do ModalMais, acaba de se juntar ao Banco Master, onde será responsável por toda a distribuição de produtos e os esforços de internacionalização do banco.
Centola, que ajudou a transformar o Modal de um banco comercial de médio porte em uma plataforma digital de varejo – que acabou vendida à XP – também vai se envolver diretamente nas operações estruturadas que estão se tornando uma marca do Master.
A contratação de um peso-pesado como Centola – um ex-head de M&A da Goldman na América Latina, ex-CEO do Standard Bank nas Américas, e ex-chefe do investimento banking do UBS no Brasil – é mais um movimento do CEO Daniel Vorcaro para transformar o Master num player relevante na Faria Lima.
Só no último ano, o Master esteve envolvido de uma forma ou de outra em grandes transações como a compra da Flytour pela Belvitur, as compras da Alliar, Copel Telecom e Sercomtel por Nelson Tanure – um grande cliente do banco – além de investimentos imobiliários que vão do Fasano Itaim à Cidade Matarazzo.
O Master está emulando um modelo de negócios conhecido nos Estados Unidos como ‘triple-play’, em que o banco assessora, coinveste e financia – gerando escala e sinergias de receita entre as várias áreas do banco.
Centola ficará dentro do banco de investimentos do Master, liderado por Maurício Quadrado, o ex-executivo do Bradesco e ex-sócio da corretora Planner. (Mauricio também recrutou Reinaldo Hossepian, um ex-Votorantim e Planner, como diretor de Operações Estruturadas; Roberto Musto, que trabalhou no Unibanco e no Alfa, como diretor do private; e Rafael Fornari como head da MAM, a gestora do banco.)
A área de distribuição será o quinto pilar do banco de investimentos, que já tem R$ 40 bilhões sob administração fiduciária e custódia e R$ 15 bilhões sob gestão, montou uma equipe de private/wealth, criou do zero uma gestora e ainda pretende turbinar sua corretora, muito provavelmente com um M&A.
Centola disse ao Brazil Journal que o Master pretende se diferenciar por uma oferta de produtos exclusivos, derivados da capacidade do banco de originar operações estruturadas – uma tese que ele aprendeu em seus 10 anos como co-CEO do ModalMais.
“Hoje os bancos estão sendo obrigados a virar plataformas digitais, e as plataformas estão tendo que virar banco. Abrir conta digital hoje é commodity, nenhum banco vai se diferenciar por isso”, disse Centola. “Vamos nos diferenciar pelos produtos exclusivos, aos quais só os nossos clientes terão acesso.”