A Marfrig aumentou sua participação na BRF, comprando mais 2,5% das ações no mercado e chegando a 35,7% do capital.

No aumento de capital de julho, a Marfrig havia sinalizado que compraria mais do que sua participação proporcional na BRF (250 milhões de ações, o que teria elevado sua participação para cerca de 38% do capital caso o hot issue não fosse exercido).

Como houve demanda forte, e o hot issue foi exercido, a Marfrig acabou ficando apenas com a oferta prioritária — mantendo sua participação de 33,3% na companhia. 

Nessa época, os acionistas da dona da Sadia e Perdigão aprovaram o fim do ‘poison pill’ da BRF, que obrigava qualquer acionista que ultrapassasse 33,3% do capital a fazer uma oferta por toda a companhia.

O fim do ‘poison pill’ abriu caminho para a Marfrig chegar à maioria do capital — e a compra de hoje sinaliza que Molina parece querer gradativamente atingir esse objetivo. (Molina já tem o controle de fato da companhia, nomeando a maior parte do conselho e o CEO). 

Depois da Marfrig, os maiores acionistas da BRF são o Salic, o fundo soberano da Arábia Saudita, que comprou 10,6% do capital no follow-on; a Kapitalo, com 6,4%; e o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, com 6,1%. 

A BRF vale R$ 15,7 bilhões na B3.

Depois do follow-on, que saiu a R$ 9, o papel ficou praticamente de lado e hoje negocia a R$ 9,35.