Está cada vez mais claro que a saída da crise virá por meio da iniciativa e da engenhosidade do setor privado.
 
E já tem gente passando da intenção para a ação.  
 
No Rio, um pequeno grupo de empresários se reuniu para criar 50 leitos de UTI no Hospital Universitário da UFRJ, na Ilha do Governador. 
 
Fazendo contribuições do próprio bolso e buscando recursos de amigos e conhecidos, o grupo quer entregar os 50 leitos em até quatro semanas, quando, estima-se, as internações estarão no pico.
 
Cada leito custará R$ 110 mil.  O valor inclui a conversão de apartamentos do hospital, a compra de 50 respiradores e monitores de sinais vitais, e o pagamento de enfermeiros, técnicos, médicos por um período de três meses — quando o Rio deve estar saindo do pico da epidemia.  
 
O Hospital Universitário vai entrar com insumos como medicamentos e oxigênio, e as contratações estão por conta do vice-diretor do hospital, Dr. Marcos Muzafir.  Mesmo depois deste pesadelo, os leitos continuarão a existir, apoiados por verbas do SUS.
 
“Se a gente passar a meta, a gente bota mais leito,” diz Romeu Domingues, chairman do Grupo DASA-Ímpar e um dos organizadores da iniciativa na pessoa física.  “A campanha começou ontem e já levantamos o suficiente para 20 leitos. Há doações de todos os tamanhos.  Temos desde grandes empresários doando um leito cada até uma garotada jovem doando R$ 1,5 mil, R$ 2 mil.”
 
Além de Romeu, o grupo original é formado por nomes de alta credibilidade como arquiteta Daniella Raimundo, cujo pai foi parte do board mundial da farmacêutica Glaxo; a advogada Marcella Coelho; Paulo Moll, cuja família controla a Rede D’Or; Pedro Werneck, dono de hotéis no Rio e fundador do Instituto da Criança; e Walter Sá Cavalcante, cuja família controla o grupo de shoppings homônimo.
 
O Instituto da Criança, uma organização da sociedade civil que há 25 anos administra projetos sociais, será o responsável pela gestão dos recursos e entrega dos resultados.
 
O Brazil Journal convida seus leitores do Rio de Janeiro — empresários e profissionais liberais — a DOBRAR A META.
 
Se seis pessoas acharam factível fazer 50 leitos, por que o envolvimento de outros não pode construir 100?  Quem sabe podemos sonhar com 150?
 
“Esta é uma mobilização do que existe de melhor no Rio, no nosso material humano,” diz o investidor Ronaldo Cézar Coelho, que doou um leito.
 
“Cada família deveria dar um leito. A gente sabe quem pode doar!  Imagina se não há 100 famílias no Rio capazes de fazer isso.  E mais: podemos dobrar essa quantia dividindo entre 20 amigos: R$ 5 mil cada. Por exemplo, as confrarias de vinho e livros, as congregações de fé podem, cada uma, dividir um leito. O nome do jogo é inclusão!”
 
Para muitos empresários, uma TED de R$ 110 mil não fará uma diferença material — mas será uma contribuição inestimável para aliviar a dor de muitas famílias.
 
Existe uma crise imensa lá fora, que ameaça fechar empresas e despejar milhões no desemprego.  
 
Justamente por isso, uma contribuição nesta hora tem ainda mais valor.
 
Apesar de muita gente preferir a discrição, eu gostaria de atualizar esta nota com os nomes dos doadores que aceitarem ser identificados — para que a sociedade saiba que a solidariedade existe e é nossa arma mais poderosa.
 
Amigos gestores do Leblon e do Centro da cidade, essa é a verdadeira oportunidade. A grande boleta do ano.
 
 
Conta para depósito:
 
Banco Bradesco (237)
Agência: 0551
Conta corrente: 0014411-8
Favorecido: Instituto da Criança
CNPJ: 02.744.697/0001-30