Com o mercado firmando minimamente, mais uma empresa viu condições adequadas para um follow-on.
A Direcional acaba de lançar uma oferta para levantar até R$ 431 milhões que vão financiar o crescimento da companhia e melhorar sua estrutura de capital.
A oferta será 100% primária, com o dinheiro entrando no caixa da incorporadora de baixa renda.
Na oferta-base, a companhia vai vender 20 milhões de novas ações, que — no preço do fechamento de ontem — equivalem a R$ 367 milhões.
Caso o hot issue seja exercido, a construtora venderia mais 3,5 milhões de ações, elevando o valor total da oferta para R$ 431 milhões.
Este já é o décimo follow-on anunciado desde o início do ano, depois de ofertas como a da Oncoclínicas, Localiza, CVC, Vamos, Assaí, 3R e Orizon.
O pricing está marcado para o dia 29 de junho, com as novas ações começando a negociar na Bolsa quatro dias depois.
A companhia disse que quer usar os recursos para bancar seu crescimento e para otimizar sua estrutura de capital. Entre as incorporadoras, a Direcional não é uma das mais alavancadas. No final do primeiro tri, a companhia tinha uma dívida líquida de cerca de R$ 300 milhões e uma alavancagem (medida pela relação dívida líquida/PL) de 19,3%.
Para efeito de comparação, a alavancagem da MRV está em 72,3% e a da Tenda em 67%.
A oferta vem num momento favorável para as incorporadoras de baixa renda, com o Governo ampliando o escopo do programa Minha Casa Minha Vida.
A ação da Direcional cai mais de 4% hoje de manhã depois do anúncio da oferta, dando à empresa um valor de mercado de R$ 2,6 bilhões.
Os coordenadores da oferta são o Itaú BBA (líder), XP Investimentos, Bradesco BBI e Santander.