Sorria, você está lendo um texto escrito por um robô.

🤖

Não, este texto não. O Brazil Journal (ainda) não tolera esse tipo de coisa.

Mas na internet eles já se tornaram ubíquos. Como ChatGPT, Perplexity, Gemini e outras ferramentas estão a cada dia melhores na redação de textos, o uso deles explodiu.

Segundo um estudo da Graphite, uma consultoria de SEO (search engine optimization), mais da metade dos artigos publicados atualmente na internet são gerados por AI. O salto no uso desse tipo de recurso ocorreu logo depois do lançamento do ChatGPT, em novembro de 2022, como mostra o gráfico abaixo.

grafic

Em apenas 12 meses após o lançamento da novidade, os textos postados na internet gerados por AI já representavam 39% do total.

Mas há uma boa notícia.

“Embora os artigos gerados por IA tenham crescido drasticamente após o lançamento do ChatGPT, não vemos essa tendência se manter,” disse a Graphite. “A proporção de artigos gerados por AI permaneceu relativamente estável nos últimos 12 meses.”

Mas por que isso teria acontecido?

“Nossa hipótese é que isso se deve ao fato de os profissionais terem descoberto que os artigos gerados por AI não apresentam bom desempenho nas buscas.” Chegamos a isso: a humanidade salva pelo Google.

Para a Graphite, o resultado serve de alerta para as agências empolgadas com a possibilidade de automatizar totalmente a produção de conteúdo.

Segundo a análise da consultoria, os textos gerados exclusivamente por AI representam 3% dos resultados de pesquisa orgânica e, geralmente, têm classificação inferior ao conteúdo gerado por humanos. “Nossos resultados sugerem cautela ao usar uma estratégia de conteúdo gerado exclusivamente por AI.”

Na pesquisa, a empresa usou um detector de AI chamado Surfer. Qualquer artigo que tivesse 50% ou mais do conteúdo escrito por um LLM era considerado “gerado por AI”.

Obviamente, muitos ‘autores’ podem estar empregando ferramentas de AI para dar um empurrãozinho na redação de textos – driblando os filtros de detectação de robôs dos mecanismos de busca do Google e das redes sociais.

“Neste momento, é mais uma simbiose do que uma dicotomia,” disse ao Axios Stefano Soatto, um professor de ciência da computação na UCLA e vice-presidente da Amazon Web Services.

Mas até quando?

Uma outra pesquisa recente mostrou que os agentes de AI já são os maiores usuários da internet.  Podem, inclusive, estar lendo esta matéria.