Quase dez anos após o acidente que a deixou tetraplégica, Lais Souza, uma das grandes ginastas brasileiras, diz ser impulsionada pela vontade de “não querer parar.”

Fora dos ginásios, tornou-se uma defensora dos direitos dos tetraplégicos e destaca a importância da tecnologia na qualidade de vida do deficiente.

“A tecnologia é essencial para qualidade de vida de um tetraplégico, Quando percebi isso minha saúde começou a melhorar. Mas é caro sustentar, são muitos os gastos com produtos, equipamentos, fisioterapia e cuidadores,” diz neste episódio de The Business of Life.

Lais se prepara para contar o que viveu em livro — e dar voz a uma realidade que é pouco ouvida. “Falta respeito com o deficiente, falta escutar a pessoa.”

Na conversa com Nilton Bonder, a ex-atleta fala sobre a infância na periferia de Ribeirão Preto, conta como começou nas competições e os desafios que enfrentou – da falta de dinheiro à distância da família.

Laís dedicou 21 anos ao esporte, integrou a seleção brasileira de ginástica artística de 2001 a 2012 e disputou três edições de Jogos Olímpicos.

Em 2014, enquanto treinava nos Estados Unidos para as Olimpíadas de Inverno de Sóchi, sofreu o acidente que a deixou tetraplégica.

“Eu não me lembro de nada, foi tudo muito rápido. Acordei no hospital e levei um tempo para entender a real situação, os médicos não contaram na hora sobre a gravidade da lesão,” diz Lais.

Logo após o acidente, ela conta que achou que “não poderia ter uma vida normal”. Mas ao longo dos anos, reaprendeu a se relacionar e a ter vida social. Hoje, diz que se “enxerga fora da cadeira.”

O rabino e escritor Nilton Bonder conversa no The Business of Life com personalidades de sucesso para abordar suas histórias em diferentes dimensões.

Entre os entrevistados em episódios anteriores, estão Pedro Bial, Marina Silva, Abilio Diniz, Roberto Medina, Nelson Motta, Regina Casé, Luiza Trajano e Wagner Moura. Veja a lista completa.

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