O JP Morgan anunciou um plano para liderar investimentos em companhias consideradas “críticas” para o futuro da economia americana – e vai colocar US$ 10 bilhões de seu próprio capital na iniciativa.
“Ficou evidente que os EUA se tornaram muito dependentes de fontes não confiáveis de minerais, produtos e manufaturas essenciais para nossa segurança nacional,” declarou Jamie Dimon, o CEO do banco.
“Nossa segurança depende da força e da resiliência da economia americana,” disse Dimon. “Os EUA precisam de mais velocidade e investimento. Também precisam remover os obstáculos: regulamentações excessivas, atrasos burocráticos, impasses partidários e um sistema educacional desalinhado com as habilidades de que precisamos.”
Em um call com repórteres, Dimon disse que “é preciso que os EUA sejam fortes para garantir a segurança global.”
O maior banco americano vai fazer parte de um projeto amplo de intermediar investimentos de até US$ 1,5 trilhão ao longo da próxima década. O plano ganhou o nome de Security and Resilience Initiative.
Os US$ 10 bi de capital próprio deverão ser destinados majoritariamente a empresas americanas via participação acionária ou por meio de fundos de venture capital. “Não é filantropia,” disse Dimon. “É 100% comercial.”
Ele disse que os executivos e analistas do banco vão “vasculhar” os EUA e talvez até mesmo outros países em busca de oportunidades.
O banco mapeou quatro áreas-chave: supply chain e manufatura avançada (como minerais críticos, indústria farmacêutica e robótica); defesa (incluindo indústria aeroespacial, drones e comunicação segura); energia (como segurança na distribuição e baterias); e tecnologias de fronteira e estratégicas (AI, segurança cibernética e computação quânticas).
O anúncio ajudou na valorização das companhias de computação quântica: os papéis de Arqit Quantum, D-Wave Quantum e Rigetti Computing subiram ao redor de 20%. A IONQ avançou 16%, e a Quantum Computing, 11%.
Ações das mineradoras de terras raras também tiveram um dia de forte alta – tanto por conta da iniciativa do JP Morgan quanto pelas restrições a exportações aos EUA determinadas pela China. A Critical Metal subiu 55%, e a US Rare Earth, 19%.
