As gestoras Jive e Mauá Capital estão unindo suas operações, criando uma nova casa com R$ 13 bilhões sob gestão – R$ 8,3 bi da Jive e R$ 4,7 bi da Mauá – e mais de 350 colaboradores.
Guilherme Ferreira, sócio da Jive, disse ao Brazil Journal que a fusão foi possível porque as duas empresas atuam em segmentos complementares de investimentos alternativos.
De um lado, a Mauá tem tradição em crédito imobiliário e em ativos de tijolo; de outro, a Jive tem expertise em legal claims e ativos distressed.
As duas gestoras querem expandir as áreas de atuação e já estavam estruturando produtos nos setores de infraestrutura e saneamento.
Desde que a XP investiu na Jive em junho do ano passado, a gestora buscava uma pessoa de referência para liderar seu conselho de administração. A união com a Mauá também resolve esse problema, com Luiz Fernando Figueiredo assumindo como chairman da nova empresa.
“Procurávamos alguém como o Luiz, que já passou por grandes casas, pelo Banco Central, e tem a cabeça de errar rápido. Se ele percebe que algo não faz sentido, rapidamente se movimenta,” disse Alexandre Cruz, sócio da Jive. “Não tínhamos ninguém desse tamanho dentro de casa.”
Em setembro do ano passado, a Mauá fechou sua área de fundos líquidos, depois de três anos de perdas, ao mesmo tempo em que sua área imobiliária, tocada por outros sócios, ganhava importância no mercado.
A transação foi fechada em pouco mais de um mês, e as conversas começaram entre Alexandre e Brunno Bagnariolli, sócio e principal executivo da área imobiliária da Mauá.
Brunno disse que haverá uma grande sinergia de receitas. “As duas casas juntas vão ter acesso a um deal flow muito maior e complementar. O potencial de geração de negócios é gigantesco”, disse.
Em princípio, as duas marcas serão preservadas, e a gestora se chamará Jive Mauá.