O Itaú Unibanco lucrou R$ 10,7 bilhões no terceiro trimestre – 18% mais que no mesmo período de 2023 – e viu seu ROE subir para 22,7%, o maior nível desde dezembro de 2019.
O resultado ficou em linha com o esperado se descontada a recuperação de um total de R$ 500 milhões em créditos da Americanas; a reversão teve um impacto positivo no balanço já que os empréstimos estavam 100% provisionados.
O destaque do tri foi o fato de o banco continuar crescendo e gerando excesso de capital. O índice de capital principal subiu para 13,7%, um número alto e superior aos 11,5% que o Itaú persegue.
“É um resultado impressionante para uma instituição desse tamanho,” disse um analista do sellside. “Quem estava pensando em vender ações do Itaú para comprar outra coisa vai perder a vontade.”
A margem financeira com clientes contribuiu para o resultado, aumentando 4,5% frente ao trimestre anterior e 7,4% na comparação anual.
O crescimento das receitas com seguros compensou uma expansão menor das receitas de serviços – prejudicadas pela contração no banco de investimentos, com menos operações de ações e dívida.
A carteira de crédito cresceu em 10% tanto no tri a tri quanto na comparação anual. O banco revisou para cima o guidance de expansão do crédito para este ano – de um intervalo entre 6,5% e 9,5% para 9,5% a 12,5% – mas o motivo foi a desvalorização cambial, que eleva o valor em reais dos empréstimos em outros países.
A inadimplência caiu 0,1 ponto percentual: foi para 2,7% no consolidado e 2,9% no Brasil.