O Banco Inter sobe 13% nesta tarde depois que o analista Eduardo Rosman, do BTG, disse ontem que “o preço atual é um bom ponto de entrada para uma das mais fortes plataformas digitais do Brasil” – e depois que o ‘Monstro’ parece ter saciado suas necessidades de desalavancagem.
É o segundo dia de alta consecutiva depois de meses com a ação implodindo. Entre ontem e hoje, o papel subiu 25%.
“Apesar do ambiente desafiador, ainda esperamos que o Inter termine o ano com 24 milhões de contas, uma alta de 48% sobre o ano passado e 7% acima do que projetamos anteriormente,” escreveu o analista. “Vemos o Inter negociando a 2,1x o valor patrimonial, o que parece atraente para um dos bancos digitais líderes do Brasil, com um grande desconto em relação aos peers.”
O Nubank, por exemplo, negocia a 8x o valor patrimonial.
No valuation por cliente, o Inter agora negocia a US$ 200, comparado a US$ 736 para o Nubank. No valuation atual, o Inter negocia abaixo dos US$ 279 a que negociava no pior momento da pandemia em 2020, quando a percepção de risco era maior.
Rosman vê um cenário em que tudo que jogou contra o Inter nos últimos meses pode acabar jogando a favor no resto do ano.
“Primeiro, uma segunda tentativa de listagem da Inter Platform nos Estados Unidos pode dar certo. Segundo, um grande acionistas que tem sido vendedor das ações já vendeu a maior parte da sua posição, o que significa que a ação ficará ‘mais leve’ este ano. E finalmente, mais detalhes sobre a expansão internacional [nos Estados Unidos] podem aparecer, reduzindo a percepção de risco da iniciativa.”
Rosman reitera a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 36.