Ilan Goldfajn está se juntando ao Credit Suisse, dando ao banco suíço o peso institucional de um ex-presidente do Banco Central aclamado por sua gestão de política monetária e uma agenda regulatória vista como pró-inovação.10437 23a19666 cf4e 0000 0040 7381c77ffb59 
 
Para oferecer uma posição à altura do nome, o Credit Suisse está criando um conselho — composto pelo senior management do banco — que será presidido por Ilan.  O convite foi feito por José Olympio Pereira, que segue como CEO.
 
Depois de cumprir sua quarentena, Ilan começa na nova função no dia 16 e terá interface com todas as áreas do banco, de estratégia a oportunidades de investimento, cenários de médio e longo prazo e desenvolvimento de produtos.  A posição de Ilan não se confunde com a de economista-chefe do banco.
 
Ilan serviu o País como presidente do BC de junho de 2016, quando sucedeu Alexandre Tombini, a fevereiro deste ano, quando passou o bastão a Roberto Campos Neto.  Anteriormente, já havia sido diretor de política econômica do BC por três anos e, no setor privado, sócio da Gávea investimentos e economista-chefe do Itaú Unibanco.
 
O CEO global do Credit Suisse, Tidjane Thiam, disse num comunicado que a contratação mostra o compromisso do banco com o Brasil.
 
O Credit Suisse deve usar a experiência e expertise de Ilan para fortalecer suas duas franquias principais: o banco de investimento e wealth management.
 
Na primeira, José Olympio tenta repetir a performance que o banco teve no último ciclo de vagas gordas do mercado de capitais — quando liderou os rankings de IPOs e M&As — apesar de um aumento no turnover da equipe e do fortalecimento de concorrentes nos últimos anos.
 
Na área de wealth management, onde o Credit Suisse administra R$ 180 bilhões, Ilan provavelmente terá que explicar à clientela de alta renda os desafios de uma economia global que convive cada vez mais com taxas de juros negativas.
 
Ilan é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre pela PUC-Rio e doutor pelo MIT.  Vai precisar de todos os diplomas para explicar um mundo em que o cliente, no fim do mês, retira menos do que depositou.