O HSBC disse que vai gradativamente parar de financiar térmicas a carvão até 2040, no mais recente movimento de um grande banco para tentar se distanciar dos combustíveis fósseis.
Segundo o comunicado, o HSBC vai parar de financiar térmicas a carvão na União Europeia e nos países pertencentes à Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD) até 2030. Uma década depois, vai cortar os financiamentos para os demais países.
Com a medida, o banco espera reduzir sua exposição de empréstimos para térmicas a carvão a um quarto do valor atual até 2025 e pela metade até 2030.
“Queremos estar no coração do financiamento da transição energética, principalmente na Ásia,” o CEO do banco, Noel Quinn, disse num comunicado.
Mas o movimento do HSBC tem alguns poréns.
O banco só vai parar de dar crédito para clientes que tenham mais de 40% de sua receita vinculada a térmicas a carvão. E caso os recursos sejam carimbados para investimentos em energia limpa e infraestrutura, o banco poderá financiar a companhia mesmo assim.
A decisão do HBSC veio depois da pressão por parte de um grupo de acionistas, que entrou com uma resolução no início deste ano exigindo que o banco parasse de financiar combustíveis fósseis. O movimento foi coordenado pela ShareAction, uma ONG do Reino Unido.
“O fato do HSBC ter introduzido uma política de ‘phase-out’ para o carvão é uma vitória para o engajamento dos acionistas com bancos na mudança climática,” Jeanne Martin, da ShareAction, disse à Bloomberg. “Mas, ainda que seja um importante passo, essa política carece da urgência e do rigor necessários para evitar a crise climática.”