A Highline do Brasil – a provedora de infraestrutura para operadoras de telefonia celular – emitiu R$ 1,65 bilhão em debêntures de 5 anos.

A emissão permitiu à empresa alongar o perfil de sua dívida e reduzir o custo: o papel saiu a CDI + 3,3% ao ano contra CDI + 3,7% do endividamento anterior.

A Highline usou os recursos para pré-pagar dois financiamentos de curto prazo – cada um de R$ 800 milhões – que tinham vencimento em 18 e 24 meses.

Essas dívidas haviam sido contraídas para financiar duas aquisições: a Phoenix Tower, em 2020; e a compra da UPI Torres da Oi, em 2021.

O CFO Daniel Lafer disse ao Brazil Journal que, como havia incerteza sobre o fechamento das aquisições, a Highline optou por contratar uma dívida separada para cada M&A, mas já com o plano de reempacotar essas operações depois do closing.

As debêntures recém emitidas ficaram com os bancos coordenadores: Bradesco BBI (líder), MUFG, Scotiabank, Credit Agricole, Goldman Sachs, Deutsche Bank e BR Partners.

Segundo Daniel, a Highline pode voltar a pensar em novas emissões de dívida. A empresa quer aumentar sua participação nos projetos de expansão de seus clientes e dos novos grupos que obtiveram licenças de 5G recentemente.

A Highline — uma empresa criada pelo Pátria e hoje controlada pelo fundo Digital Bridge, especializado em infraestrutura digital — não levou nenhum lote no leilão de 5G realizado em novembro e chegou a fazer uma oferta pela Oi Móvel.

A operação da Highline foi a quinta maior emissão de debêntures realizada este ano. A empresa tem capital fechado e tem um um annual recurring revenue (ARR) de R$ 340 milhões.

A Highline tem 5,3 mil pontos de infraestrutura para redes de telefonia celular em todos os estados do país.