A Hashdex acaba de levantar US$ 26 milhões numa rodada que vai financiar a expansão do portfólio de produtos da gestora de criptomoedas, que já tem R$ 3,5 bilhões em ativos sob gestão, bem como o início de sua estratégia de internacionalização. 

A rodada Series A foi liderada pela Valor Capital e atraiu o Softbank; o Coinbase Ventures, o corporate venture capital da exchange americana; e a Globo Ventures, o braço de investimentos do Grupo Globo. 

A rodada também teve a participação da Igah, Alexia VC, Fuse, Endeavor Scale Up Ventures, Norte Ventures e do Canary, que já investia na empresa. 

A rodada é a segunda da Hashdex desde que ela foi fundada há cinco anos por Marcelo Sampaio, um ex-funcionário da Microsoft e da Oracle que se tornou um investidor serial em startups, e Bruno Caratori, um ex-head de risco da Gávea que fez MBA em Stanford e ficou por lá. 

A gestora vai usar os recursos para acelerar seu crescimento num momento em que as criptomoedas se tornam cada vez mais ‘mainstream’. 

O plano é triplicar o número de funcionários ainda este ano e pelo menos dobrar os ativos sob gestão. A receita da gestora vem basicamente da taxa de administração (apenas um de seus fundos cobra performance), que varia de 1,3% a 1,5% ao ano.

Numa conta de padeiro — e considerando que os ativos sob gestão fiquem estáveis até dezembro — a Hashdex teria uma receita de cerca de R$ 50 milhões este ano.  

Uma boa parte do crescimento da Hashdex virá da internacionalização. A gestora não abre os mercados que pretende entrar, mas diz que a ideia é “pegar os aprendizados que tivemos no Brasil e testar o mesmo modelo em mercados que tem uma boa demanda para criptomoedas,” diz Roberta Antunes, a chief growth officer da Hashdex. 

A gestora administra cinco fundos — distribuídos em 18 plataformas como XP, BTG e Guide — com exposições distintas a diferentes criptomoedas. 

Os fundos têm hoje 150 mil cotistas, dos quais 30 mil estão no Discovery (cuja carteira replica em 20% o Nasdaq Crypto Index (NCI) e investe o resto em renda fixa). 

No mês passado, a Hashdex lançou também o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil numa oferta que levantou R$ 620 milhões; hoje, o fundo já tem mais de R$ 1,1 bi sob gestão.