O GPA conseguiu antecipar recebíveis que detinha junto aos bancos de valores que tem a receber do Assaí pela venda de 61 hipermercados.
A companhia anunciou agora à noite que vai receber já neste trimestre R$ 1,7 bilhão dos R$ 2,6 bilhões que ainda tinha a receber de bancos que incluem o Itaú e o Bradesco.
Os R$ 900 milhões restantes serão pagos de acordo com o cronograma original, em 2024.
Segundo a companhia, o movimento vai reduzir a alavancagem do GPA de 1,9x para 1,1x.
Essa desalavancagem é importante porque abre espaço para o GPA ir adiante com o spinoff do Êxito – que a companhia disse estar estudando – e ainda assim manter uma estrutura de capital saudável.
Um spinoff do Êxito fará a alavancagem do GPA aumentar já que a varejista colombiana tem dívida líquida muito baixa – e levaria o seu EBITDA no spinoff.
Na cotação em Bolsa atual, o Êxito vale mais de R$ 6 bilhões, praticamente o mesmo que o GPA vale na Bolsa. Em outras palavras: os investidores estão atribuindo valor zero ou negativo ao negócio inteiro do Brasil e à CNova, o ecommerce europeu no qual o GPA tem uma participação de 34%.
Em paralelo à desalavancagem do GPA, o CEO Marcelo Pimentel, que assumiu em março, tem dito a investidores que está trabalhando numa revisão das despesas administrativas da companhia.