O investimento de R$ 300 milhões do Warburg Pincus na Blu colocará R$ 54 milhões no caixa da G2D e permitirá à companhia marcar a mercado o valor do investimento.
Este é o terceiro evento de liquidez de uma investida da G2D desde que a companhia fez seu IPO em meados de maio.
Os três desinvestimentos — a venda completa da participação na Coinbase, a venda parcial de Mercado Bitcoin e agora uma venda parcial da Blu — aumentaram o valor patrimonial por ação da G2D de R$ 6,34 para R$ 9,40.
A ação negocia ao redor de R$ 7, em linha com o preço do IPO.
A G2D já conseguiu rentabilizar em 4,4x o capital que investiu na Blu em outubro de 2018. Depois da venda anunciada hoje, a holding controlada pela GP ainda tem R$ 156 milhões investidos na Blue.
Como holding de participações, a G2D é um dos raros ativos na Bolsa que permitem a pessoas físicas participar do mercado de venture capital em tecnologia sem passar por fundos de VC — que costumam ter tíquetes mínimos relativamente altos — ou sem comprar as empresas no IPO, quando boa parte do valor já foi gerado.
A G2D tem mais de 6 mil pessoas físicas em sua base de acionistas.
A empresa tem três verticais de investimentos: marcas disruptivas de consumo na Europa e EUA, nas quais a companhia investe por meio da The Craftory, onde tem uma participação de 16,44%; investimentos em empresas de tecnologia nos EUA, nas quais a G2D investe por meio da Expanding Capital, uma gestora de VC no Vale do Silício; e investimentos diretos em startups no Brasil.
Nesta vertical, em vez de focar em negócios B2C, a G2D tem focado em fintechs que fornecem infraestrutura de mercado, tais como a registradora de recebíveis CERC; a corretora digital Sim;paul; o Mercado Bitcoin e a própria Blu.