A captação líquida de fundos ESG em todo o mundo foi de US$ 95 bilhões no primeiro semestre deste ano, um sinal da demanda crescente por ativos que levam em contas questões ambientais, sociais e de governança.
Os dados fazem parte de um relatório do Credit Suisse divulgado hoje e intitulado “Global ESG Research – What ESG investors buy and sell”.
Segundo o banco, o valor anualizado — US$ 190 bilhões — seria uma captação líquida 72% maior que a do ano passado (US$ 110 bi).
“O momentum positivo em termos de fluxo que vimos em 2020 continua este ano,” escreveu o time do CS, que colheu dados de mais de 2.800 fundos diferentes.
A Europa ainda é a líder disparada nos investimentos ESG. Segundo o relatório, a região foi responsável por 71% de toda a captação do primeiro semestre, e ainda responde por 76% do estoque de ativos sob gestão.
Outro dado evidenciando a popularidade desse mercado: 169 novos fundos ESG surgiram no primeiro trimestre, em comparação a 150 no mesmo período do ano passado.
Parte do atrativo tem a ver com o retorno desses fundos, que tem se provado superior ao dos fundos não ESG.
Ainda assim, o CS disse que o alfa (o retorno excedente dos fundos ESG em relação ao benchmark) diminuiu: ele era de 5 pontos percentuais em dezembro de 2020, e foi para 1,35 ponto no final do primeiro semestre.
Entre os motivos para o retorno maior estão a alta exposição dos fundos ESG ao setor de tecnologia e a baixa exposição ao de energia, uma estratégia que funcionou muito bem nos últimos anos.