A Fras-le concluiu seu follow-on e levantou R$ 629 milhões para seu caixa. A fabricante de autopeças captou menos dinheiro do que esperava e a oferta teve de contar com uma participação acima do esperado da Randon, a controladora da companhia.

A ação da Fras-le saiu a R$ 12, um desconto de 6% em relação ao fechamento do papel na B3 ontem. Desde que a empresa anunciou a operação, em 30 de março, a queda acumulada da ação foi de 18%.

Ainda assim, a demanda pela operação foi fraca, e a Randon colocou a maior parte dos recursos, aumentando sua participação na empresa.

O esperado era que a Randon e a Dramd (um veículo dos controladores da Randon) ficassem com 63,5% da emissão para não terem a participação na empresa diluída, mas eles acabaram com 74,3% da operação.

Assim, a Randon aumentou sua fatia na Fras-le de 51,16% para 52,57%; e a Dramd subiu de 12,36% para 13,09%.

Um analista disse que a questão foi preço: “É muito mais barato ficar long em Fras-le via Randon.” Nas contas dele, enquanto a Fras-le negocia a um EV/EBITDA de 8,9x para 2022, a Randon está a 4,8x, e o múltiplo cai para 4x se for calculado “ex Fras-le”.

A Fras-le fez o follow-on para financiar seu crescimento via aquisições e investimentos em novos negócios.

A oferta previa uma venda secundária de 10,6 milhões de ações – cerca de R$ 127 milhões – da Petros e do fundo GIF V PIPE,  do Gávea, que acabou sendo cancelada.

Os coordenadores foram Itaú BBA (líder), BTG, Bradesco BBI e Safra.