A americana Flexjet — a segunda maior empresa de compartilhamento de jatos executivos do mundo, atrás apenas da NetJets — foi avaliada em US$ 4 bilhões numa rodada que vai permitir a modernização de sua frota em meio a uma forte demanda global por jatinhos, disse o Financial Times.
A captação de US$ 800 milhões — segundo a Jefferies, a maior da história do setor — foi liderada pela L Catterton, a firma de private equity apoiada por Bernard Arnault, e contou com participações da KSL e do Grupo J. Safra.
Um quarto do valor investido será distribuído em dividendos aos acionistas atuais da Flexjet.
“A L Catterton oferece, através da sua ligação com as marcas da LVMH, a oportunidade perfeita para colaboração em áreas como estratégias de marca e entrega de produtos de luxo,” disse Kenn Ricci, o chairman da Flexjet.
A empresa quer entregar exclusividade para capturar os novos entrantes do mercado: empreendedores de tech e cripto; que estão enriquecendo rápido e chegando ao mercado de aviação executiva mais novos do que a geração anterior; e que querem fazer voos mais longos e internacionais em aviões maiores.
Além da modernização da sua frota de mais de 300 jatos, a Flexjet também vai continuar investindo em sua rede de manutenção interna, nos terminais privados que opera e na sua academia de comissários de bordo.
A empresa teve receita de US$ 2,6 bilhões no ano passado, 50% a mais do que em 2021, disse o FT. O EBITDA foi de US$ 390 milhões em 2024 e deve alcançar os US$ 425 milhões este ano.
Fundada originalmente como uma divisão da Bombardier em 1995, a Flexjet hoje é parte do grupo Directional Aviation e tem sede em Ohio.
A empresa chegou a anunciar em 2022 que abriria capital através de uma Spac após ser avaliada em US$ 3,1 bilhões, mas acabou desistindo do processo.
Jefferies, Morgan Stanley e Goldman Sachs assessoraram a Flexjet.