A Femsa, a maior engarrafadora independente da Coca-Cola no mundo e também a maior operadora de lojas de conveniência da América Latina, decidiu que quer as esquinas da Europa.
A companhia disse esta manhã que está pagando cerca de US$ 1,2 bilhão pela Valora, uma empresa suíça dona de mais de 2,7 mil pontos de venda na Europa – de lojas de proximidade até máquinas de venda independentes.
A Femsa está pagando 260 francos suíços por ação, um prêmio de 57,3% em relação ao preço médio dos últimos 60 dias e de 52% em relação ao fechamento de ontem. Com a notícia, a ação da Valora Holding dispara mais de 51% no pregão desta terça-feira.
A transação marca a estreia europeia da Femsa, que já opera mais de 20 mil lojas de conveniência em quatro países da América Latina – a maioria no México – além de 3,6 mil farmácias.
No Brasil, a Femsa criou uma joint-venture com a Raízen há dois anos para trazer a marca Oxxo e pretende ultrapassar 200 lojas até dezembro.
A Valora opera 14 marcas – cafés, revistarias e lojas de conveniência – desde sua sede na cidade de Muttenz, na Suíça. As sinergias esperadas pela Femsa virão do ganho escala com a aceleração do crescimento.
A Valora não aumenta o número de pontos de venda desde 2017 e reduziu seus investimentos em 56% nos últimos três anos. A empresa também cortou 15% do seu pessoal nos últimos cinco anos.
Não à toa, a empresa estava longe de recuperar o valuation que possuía antes do início da pandemia: as suas ações caíam 40% desde então.
O Credit Suisse assessorou a Femsa; o JP Morgan trabalhou com a Valora.