O Citi elevou a ação do IRB de ‘neutro’ para ‘compra’ — o primeiro buy do papel entre os oito analistas que cobrem a empresa. O preço-alvo subiu de R$ 44 para R$ 47 (+7%).
A equipe de análise citou os “resultados positivos” reportados pelo ressegurador em todos os trimestres de 2023, os números sólidos de janeiro e uma sinalização otimista sobre sinistros no segmento rural este ano.
“A retomada do negócio para o campo positivo a cada trimestre de 2023 mostrou que a maior parte da limpeza foi feita. Não foi um trabalho fácil nem rápido, mas parece concluído,” diz o relatório dos analistas Gabriel Gusan, Maria Guedes e Karina Martins.
Os analistas citam que sempre poderá haver riscos de cauda nas carteiras mais antigas, mas os resultados do ano passado mostraram que a carteira mais recente já apresenta um desempenho melhor e compensa as perdas das carteiras anteriores, que estão cada vez menores.
Os sinistros rurais, segundo a sinalização do ressegurador, permanecerão sob controle à medida que o El Niño desaparecer. E os números de janeiro de 2024, reportados à SUSEP, mostraram um início de ano forte, melhor do que os analistas do Citi haviam modelado.
“Agora estamos mais confortáveis com o case,” diz o banco. “Vemos os prêmios retomando crescimento; e o índice combinado convergindo para a meta de subscrição de 95%.”
Os índices de suficiência de capital e de coberturas das reservas técnicas do IRB não são mais um “elefante na sala”, mas precisarão estar em patamares mais confortáveis para permitir um salto de crescimento ao negócio. Por enquanto, ainda são um limitador do crescimento da empresa.
Ainda assim, diz o Citi, isso não é um problema: mesmo utilizando números conservadores em suas projeções, os analistas vêem upside suficiente para recomendar a compra da ação.
As estimativas de lucro líquido para 2024 foram elevadas em 10% para R$ 356 milhões; para 2025, a alta nas projeções foi de 11% para R$ 573 milhões. E os prêmios devem crescer 5% este ano e 4% ano que vem.