A EZTEC está preparando uma oferta de ações para investir, sobretudo, no segmento de imóveis comerciais. Itaú BBA e BTG já foram mandatados para o follow-on, que deve acontecer nas próximas semanas.
A operação será integralmente primária, e deve levantar cerca de R$ 800 milhões.
A EZTEC opera principalmente na incorporação imobiliária residencial, e tem uma atuação mais oportunística em projetos corporativos.
Neste segmento, a companhia teve excelente resultados nos últimos anos ao incorporar e posteriormente vender a EZ Towers.
A primeira torre do complexo na Zona Sul de São Paulo foi vendida para a São Carlos por R$ 564 milhões em 2013. A segunda, para a Brookfield, em setembro de 2017, por R$ 650 milhões.
A captação deve ser uma surpresa para o mercado, já que a EZTEC tem um balanço confortável e chegou, inclusive, a distribuir R$ 440 milhões em dividendos extraordinários no fim de 2017.
O discurso é que agora há boas oportunidades no mercado comercial — em “dois ou três projetos” segundo uma fonte próxima à companhia — o que justificaria a captação. A ideia, a princípio, é erguer os prédios do zero.
Atualmente, a EZTEC está erguendo duas torres comerciais na frente do EZ Towers, num empreendimento batizado de Esther Towers, em homenagem à esposa do fundador e principal sócio, Ernesto Zarzur.
Comparada às concorrentes, a EZTEC sofreu menos na crise do setor e hoje é a incorporadora mais bem avaliada na Bolsa: depois de ter praticamente dobrado no ano, a ação negocia a 3 vezes seu valor patrimonial. A empresa fechou sexta-feira valendo R$ 7,8 bilhões.
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