Gabriel Sidi, um dos cofundadores da DOMO Invest, está deixando a gestora de early stage para criar a EXT Capital, uma nova firma que vai investir em rodadas Série A e Série B — preferencialmente de startups que já estão no portfólio da DOMO.
A EXT vai começar operando apenas com club deals, investindo tanto com equity quanto dívida. Até o final do ano, a expectativa é participar de duas rodadas de equity e seis de venture debt.
No ano que vem, a EXT já quer levantar seu primeiro fundo, de R$ 100 milhões, que deve investir em 15 startups com cheques de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões.
Gabriel disse que cerca de 70% dos investimentos da EXT devem ir para startups que já são investidas da DOMO, mas que a gestora não é obrigada por estatuto a fazer isso e que deve buscar também outras oportunidades.
Apesar de estar sendo chamada de um spinoff da DOMO, a EXT terá como acionistas apenas os três sócios-fundadores: Gabriel; Alberto Rossi, que também veio da DOMO; e Vasco Henriques de Almeida, que tem experiência com crédito e vai cuidar da parte de venture debt.
Ainda assim, a DOMO deve se beneficiar indiretamente com mais capital para as investidas de seus fundos early stage.
Gabriel disse que a DOMO já fazia SPVs para conseguir acompanhar as rodadas mais late stage de startups do portfólio, mas que isso gerava um potencial conflito de interesses.
“Os outros fundos que estavam entrando na rodada podiam enxergar uma falta de alinhamento. Podiam achar, por exemplo, que estávamos querendo jogar o valuation pra cima porque já somos investidores por outro veículo,” ele disse ao Brazil Journal.
A decisão de criar uma nova empresa sem nenhum vínculo societário com a DOMO foi para endereçar essa preocupação.
Além dos R$ 100 milhões para investir em equity, a EXT está levantando um FIDC que deve chegar a R$ 400 milhões para seus investimentos de dívida.