A Trivago, uma plataforma de comparação de preço de hotéis que pertence à Expedia, vai abrir seu capital na Nasdaq ainda este ano.
Analistas estimam que a Trivago possa valer entre 4 e 5 vezes seu faturamento anual, que deve chegar a US$ 1 bilhão em 2017.
A estratégia — um ‘spinoff’ seguido de IPO — é a mesma que a Expedia adotou com sucesso no TripAdvisor cinco anos atrás: em alguns momentos, o TripAdvisor chegou a valer mais que a própria Expedia na Bolsa, mas recentemente o quadro se inverteu. Hoje, o TripAdvisor vale US$ 7 bi, e a Expedia, US$ 18 bilhões.
Outra métrica da dependência: a Expedia e sites controlados por ela, como o Orbitz e o Hotels.com, respondem por 55% das contas a receber da Trivago, enquanto a Priceline (a maior agência de viagens online do mundo e dona do Booking.com) responde por outros 21%.
A Expedia — cujo chairman é Barry Diller, um investidor visionário nos setores de mídia e internet — comprou 63,5% da Trivago em 2013, pagando cerca de US$ 600 milhões em dinheiro e ações.
A empresa está abrindo o capital com duas classes de ações: a Classe A, que será oferecida ao público, tem direito a um voto por ação; a Classe B, que ficará na mão da Expedia, tem direito a 10.
A oferta será coordenada pelo JP Morgan, Goldman Sachs e Morgan Stanley, e será tanto primária quanto secundária, ou seja, parte dos recursos levantados vão para o caixa da empresa e outra para os fundadores, que estão vendendo parte de suas ações na oferta. A Expedia não está vendendo suas ações.
Para a Trivago, o IPO mais comparável é a Kayak, uma empresa de tecnologia dona de sites e apps para comparação de preço de hoteis, passagens aéreas e aluguel de carros.
A Kayak, que assim como a Trivago ganha dinheiro com publicidade em seus sites, estreou na Bolsa em 2012 valendo US$ 1 bilhão, e foi comprada pela Priceline por US$1,8 bilhão menos de quatro meses depois.