Marco Abrahão, o ‘Maculé’, e Fabio Guilger — dois dos executivos mais sêniores do time, com 19 anos de banco — ainda não estão a bordo, mas o CEO Guilherme Benchimol continua tentando atrai-los.
Alguns dos executivos ainda estão em período de ‘garden leave’, e todos deverão cumprir suas obrigações com o CS até o final, antes de começar a competir.
A nova empresa — que tende a ser uma corretora, ainda que o martelo não esteja batido — vai cobrir clientes “ultra high”, o segmento em que o time atuava no CS, mas também vai aproveitar sinergias com todas as linhas de negócio da XP, como mercado de capitais, operações estruturadas e crédito.
O mercado agora vai especular se parte do valor a ser investido pela XP envolve pagamentos aos executivos. O mercado estima que Maculé, Guilger e Gustavo Kessler, o “Tacacá”, deixaram na mesa dezenas de milhões de reais em ações do Credit Suisse quando saíram do banco.
O acordo, assinado esta madrugada, veio depois de semanas de negociação exaustiva entre a XP e os executivos que começaram logo após a saída deles do banco.
Houve inúmeras conversas individuais — que envolveram Benchimol e Gabriel Leal — para convencer cada executivo sobre os méritos de somar forças num novo projeto.
Como a saída do CS foi muito abrupta, cada executivo tinha uma cabeça diferente: alguns pensavam em se tornar executivos; outros, morar fora; e só uma parte pensava em montar um negócio próprio.