Um fundo imobiliário gerido pela XP está comprando 40% do Faria Lima Plaza da HSI, numa transação que avalia o prédio icônico que está sendo construído no Largo da Batata em R$ 1,2 bilhão.
 
Gestores que olharam o ativo disseram ao Brazil Journal que a XP está pagando pouco menos de R$ 30 mil o metro quadrado pelo empreendimento triple-A — que tem 20 andares e 40 mil metros quadrados de área bruta locável.  Para efeito de comparação, a VBI acaba de vender o FL 4440 — no trecho sul da Faria Lima — por R$ 32 mil o metro.
 
A transação cria um novo marco na região da Faria Lima numa época de ceticismo em relação à demanda por escritórios no mundo pós-covid.
 

Projetado pelo KPF — o mesmo escritório americano que desenhou o Hudson Yards e o Infinity, sede do Credit Suisse e do Facebook no Itaim — o Faria Lima Plaza deve ficar pronto em meados de 2021 e está sendo incorporado numa parceria entre a família Szajman, dona de 60% do empreendimento, e a HSI Investimentos, que tem os outros 40%.  A XP está comprando a parte da HSI. 

 
Localizado no bairro de Pinheiros, a região do Largo da Batata — hoje degradada — deve ser transformada quando o empreendimento ficar pronto. Ao criar um ‘trophy asset’ — um ativo único, no jargão imobiliário — a ideia dos incorporadores é atrair para a ponta norte da Faria Lima empresas de tecnologia e escritórios de advocacia que hoje estão baseadas no trecho sul da avenida.  Um diferencial competitivo: a Estação Faria Lima do metrô fica em frente ao prédio.
 
A transação entre XP e HSI também envolveu a torre de escritórios que existe em cima do shopping Iguatemi Alphaville, que tem inquilinos como Netflix, B3 e HP.
 
O mercado de Alphaville tende a ganhar uma vantagem relativa no pós-covid por oferecer ISS, IPTU e aluguel mais baratos.
 
 
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